Piracema 2025: o 'ritual' dos peixes que muda as regras nos rios de MS

Piracema inicia neste sábado em Mato Grosso do Sul (1º). Bruno Rezende/Secom A partir de sábado (1º), começa a piracema em Mato Grosso do Sul, período em ...

Piracema 2025: o 'ritual' dos peixes que muda as regras nos rios de MS
Piracema 2025: o 'ritual' dos peixes que muda as regras nos rios de MS (Foto: Reprodução)

Piracema inicia neste sábado em Mato Grosso do Sul (1º). Bruno Rezende/Secom A partir de sábado (1º), começa a piracema em Mato Grosso do Sul, período em que a pesca é proibida para proteger os peixes durante a reprodução. A restrição começa primeiro no Rio Paraná e passa a valer para os demais rios do estado, incluindo o Rio Paraguai, na quarta-feira (5). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Durante esse período, é proibida a captura, transporte, armazenamento e comercialização de peixes nativos nas bacias dos rios Paraguai e Paraná, conforme a legislação ambiental vigente. O objetivo é garantir a desova e a reprodução, contribuindo para a manutenção das populações de peixes. Veja os vídeos que estão em alta no g1 A proibição segue até 28 de fevereiro, conforme norma do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). 🚫 Proibição total Durante todo o período da piracema, a pesca está totalmente proibida no estado, em todas as modalidades, incluindo: Pesca de barranco; Pesca embarcada e desembarcada com qualquer tipo de equipamento. Nos reservatórios do Rio Paraná, é permitida apenas a pesca de espécies não nativas, com limite de 10 kg e mais um exemplar, utilizando caniço simples, molinete ou carretilha. 🛶 Exceções para subsistência Durante o período de defeso, a pesca é restrita às comunidades ribeirinhas que dependem do recurso para subsistência familiar. A pesca é permitida somente para consumo próprio, sendo proibida a estocagem, comercialização, doação ou distribuição do pescado. São autorizados apenas: canoas movidas a remo (sem motor de popa), pesca de barranco e apetrechos simples, como caniço e varinha. Para quem não é ribeirinho, a pesca está proibida em qualquer modalidade durante o período de defeso. ⚖️ Penalidades para quem descumprir Pescar durante a piracema é crime ambiental, conforme a Lei Federal nº 9.605/1998. As punições variam conforme a infração e podem incluir multas e prisão. Quem for flagrado pescando ilegalmente responderá nas três esferas: Criminal: pena de 1 a 3 anos de detenção; Administrativa: multa de R$ 700 a R$ 100.000, conforme a gravidade e condição econômica; Civil: obrigação de reparar o dano ambiental. Além disso, haverá apreensão de materiais utilizados, como barco, motor, veículo e petrechos de pesca. O infrator será conduzido à delegacia em flagrante. 📞 Denúncias de pesca ilegal podem ser feitas pelos telefones (67) 3428-0384 e 181. 👮‍♂️ Fiscalização reforçada O 2º Batalhão de Polícia Militar Ambiental (2º BPMA), responsável pela fiscalização nos afluentes do Rio Paraná, informou que vai intensificar o monitoramento em rios, lagos e afluentes de todo o estado. Segundo a corporação, a meta é proteger a biodiversidade e garantir a sustentabilidade da pesca em Mato Grosso do Sul. 📊 Balanço da piracema anterior Durante a piracema 2024–2025, o 2º BPMA: Aplicou 83 autos de infração; Prendeu 18 pessoas em flagrante; Aplicou multas que somaram R$ 139,7 mil; Apreendeu 725 kg de pescado, 7 embarcações, 5 motores de popa, 3.240 metros de redes e 157 anzóis de galho; Realizou 223 patrulhamentos fluviais, 5.828 abordagens de veículos e 4.669 fiscalizações em terra. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: