Operação Tromper: Justiça autoriza retirada de tornozeleira de ex-vereador Claudinho Serra em MS

Vereador de Campo Grande, Claudinho Serra Divulgação A Justiça de Mato Grosso do Sul autorizou a retirada da tornozeleira eletrônica do ex-vereador de Campo...

Operação Tromper: Justiça autoriza retirada de tornozeleira de ex-vereador Claudinho Serra em MS
Operação Tromper: Justiça autoriza retirada de tornozeleira de ex-vereador Claudinho Serra em MS (Foto: Reprodução)

Vereador de Campo Grande, Claudinho Serra Divulgação A Justiça de Mato Grosso do Sul autorizou a retirada da tornozeleira eletrônica do ex-vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB) e de outros dois investigados no processo que apura crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraudes à Lei de Licitações. A decisão foi assinada pela Vara Criminal de Sidrolândia e faz parte da revisão das medidas cautelares impostas aos réus no âmbito das investigações. Além de Claudinho Serra, também tiveram o monitoramento eletrônico revogado Cleiton Nonato Correia e Carmo Name Júnior. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Segundo o juiz, a tornozeleira já vinha sendo usada há um longo período e não há registros recentes de descumprimento das medidas nem indícios de risco de fuga que justificassem a manutenção da vigilância eletrônica. Apesar disso, os investigados seguem obrigados a cumprir outras restrições, como o comparecimento mensal à Justiça, a proibição de frequentar bares e a vedação de contato com testemunhas do processo. Ajustes em medidas cautelares A decisão também analisou pedidos feitos pelos réus para flexibilizar algumas restrições, principalmente por motivos profissionais e pessoais. No caso de Cleiton Nonato Correia, a Justiça autorizou a ampliação do horário de recolhimento domiciliar noturno até as 22h30. O pedido foi aceito para garantir que ele possa participar de cultos religiosos, respeitando o direito à liberdade de crença. Já Claudinho Serra foi autorizado a se deslocar durante o dia até sua fazenda, localizada em Anastácio (MS). Cleiton também recebeu autorização para viajar a São Gabriel do Oeste (MS), onde acompanha obras de pavimentação. Em ambos os casos, no entanto, ficou proibido o pernoite fora da comarca de Campo Grande. 🔎 Entenda a Operação Tromper Quarta fase da Operação Tromper A 1ª fase da Operação Tromper foi deflagrada em maio de 2023 para investigar um esquema de corrupção em Sidrolândia (MS). A apuração revelou uma suposta rede de: Peculato (desvio de dinheiro público) Falsidade ideológica Fraude em licitações Associação criminosa Sonegação fiscal Já a 2ª fase, em julho de 2023, resultou em quatro prisões e cinco mandados de busca e apreensão. De acordo com o MPMS, foi identificado um acordo entre empresas e agentes públicos para fraudar licitações e desviar recursos públicos, com pagamento de propina em troca de informações privilegiadas da administração. Em março de 2024, Claudinho Serra foi preso, mas no mês seguinte, em abril, foi solto e passou a cumprir medidas cautelares. Porém, em junho de 2025, ele foi preso novamente, com o argumento de que haviam surgido novas provas que indicavam sua continuidade no esquema criminoso, segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). Durante as investigações, o MPMS apontou que os contratos suspeitos chegaram a envolver cerca de R$ 20 milhões. Claudinho foi diretor-presidente da Fundação Municipal de Esportes (Funesp) de Campo Grande entre abril e dezembro de 2021. Depois, assumiu a Secretaria Municipal de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia. Ele é genro da ex-prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP). Segundo o MPMS, o nome da operação, Tromper, vem do francês e significa "enganar". Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: