Moradores relatam aumento da violência e cobram mais segurança na Vila Nhanhá em Campo Grande

Moradores relatam insegurança na Vila Nhanhá Moradores da Vila Nhanhá, em Campo Grande, afirmam que a insegurança na região tem piorado nos últimos meses....

Moradores relatam aumento da violência e cobram mais segurança na Vila Nhanhá em Campo Grande
Moradores relatam aumento da violência e cobram mais segurança na Vila Nhanhá em Campo Grande (Foto: Reprodução)

Moradores relatam insegurança na Vila Nhanhá Moradores da Vila Nhanhá, em Campo Grande, afirmam que a insegurança na região tem piorado nos últimos meses. O caso mais recente foi a morte de um idoso após ser espancado dentro de casa por um homem que invadiu a residência. O crime provocou indignação e aumentou a pressão por mais policiamento. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp A aposentada Magda Felix da Silva conta que presenciou a filha ser assaltada em frente à própria casa. “Ela estava sentada, chegou dois caras de moto, ela correu, jogou o celular e caiu. Quando ela caiu, os meninos, filhos dela saíram na porta, o cara estava com a arma apontada pra ela. Aí acho que ele assustou com as crianças e foi embora.” Outra moradora, Ana Lúcia da Silva Reis, diz que a casa que aluga já foi furtada. “Arrancaram toda a instalação elétrica. Nós chamamos a polícia, eles vieram, falaram que não poderia registrar queixa, seria só pra ver o índice de roubo, mas não pode fazer nada, não tem como recuperar, porque só recupera se pegar em flagrante.” Em outubro, o bairro foi abalado pela morte de Antônio Souza de Deus, de 82 anos. Ele foi agredido até a morte após flagrar um homem invadindo a casa do filho, vizinha à sua. O idoso tentou intervir, mas foi espancado e não resistiu aos ferimentos. “Ele gritou o vizinho, aí a vizinha foi lá, mas não tinha como passar o portão, tava com cadeado. Ela veio aqui e me chamou. Fui lá, abri com a chave e ele tava caído no chão. Eu pensei que ele tinha caído, mas ele falou que um bandido bateu nele”, relatou Antônia Ferreira de Souza, ex-esposa da vítima. Para tentar se proteger, os moradores vêm aumentando muros, instalando cercas elétricas, concertinas e câmeras de vigilância. Mesmo assim, dizem que as medidas não impedem as invasões. “Já me roubaram celular. Quebraram telhado, entraram, pula muro, não tem muro que aguente, já pulou muro com concertina, com cerca elétrica, eles pulam, eles dão um jeito”, afirmou Antônia. A presidente da associação de moradores, Rosenilda Pereira de Souza, afirma que os crimes aumentaram desde o ano passado. “É um fluxo de andarilho muito grande, é assalto, eles entram na casa dos outros durante o dia, na luz do dia. A gente não tem segurança, eles roubam cadeado, eles roubam tudo, tampa de esgoto, tudo, tudo, até o juízo da gente.” O que dizem as autoridades? Em nota, a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que realiza patrulhamento preventivo diário na região e que o número de rondas é ajustado conforme a demanda e o aumento dos crimes. Sobre a instalação de uma delegacia no bairro, o órgão afirmou que a decisão depende de avaliação técnica e planejamento estratégico da corporação. A área é atualmente atendida pelo 10º Batalhão da Polícia Militar, localizado no bairro Aero Rancho. A Secretaria Especial de Segurança também comunicou que a Guarda Civil Metropolitana deve intensificar as rondas na região. Já o Serviço Especializado de Abordagem Social, vinculado à Secretaria de Assistência Social, atua oferecendo acolhimento e encaminhamento para tratamento de pessoas em situação de rua e usuários de drogas. Segundo o órgão, a maioria das pessoas abordadas recusa atendimento. Para aumentar a segurança nas casas, moradores vêm aumentando muros, instalando cercas elétricas, concertinas e câmeras de vigilância. Itamar Silva/TV Morena Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: