Chefes de fraude na mineração são levados de BH para presídio de segurança máxima em Campo Grande

Presos na Operação Rejeito são transferidos de BH para presídio federal em Campo Grande A Polícia Federal transferiu na tarde deste sábado (20) para o Pre...

Chefes de fraude na mineração são levados de BH para presídio de segurança máxima em Campo Grande
Chefes de fraude na mineração são levados de BH para presídio de segurança máxima em Campo Grande (Foto: Reprodução)

Presos na Operação Rejeito são transferidos de BH para presídio federal em Campo Grande A Polícia Federal transferiu na tarde deste sábado (20) para o Presídio Federal de Campo Grande (MS) chefes do esquema de fraudes na mineração que foram presos na Operação Rejeito, deflagrada na última quarta-feira (17) em Minas Gerais. A investigação do caso desvendou uma organização criminosa que atuava na liberação de licenças ambientais fraudulentas para exploração mineral. O esquema envolvia pagamentos de propina com participação de empresas de fachada e "laranjas", servidores públicos e empresários. O diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mario Seabra, estava entre os presos. Segundo a PF, foram transferidos para o presídio de segurança máxima da capital sul-mato-grossense três dos chefes do esquema: Alan Cavalcante do Nascimento, apontado como chefe do grupo criminoso. João Alberto Paixão Lages, sócio de empresa e articulador do esquema. Helder Adriano de Freitas, apontado como articulador com servidores públicos e representantes de órgãos ambientais para manipular processos de licenciamento. O avião com os presos deixou o Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, por volta de 13h. A operação prendeu 16 pessoas por participação no esquema. Os crimes investigados incluem organização criminosa, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro, além de crimes ambientais e contra a ordem econômica. De acordo com autoridades, esta é a primeira vez na história que a Justiça autoriza a transferência de presos ligados a crimes ambientais para um presídio federal de segurança máxima. PERFIL: quem são os presos na operação ESQUEMA: como operação afetou governo Zema 'TRANSFERE A PROPINA': as mensagens que revelam esquema Como governo de MG foi afetado O esquema revelado pela Operação Rejeito movimentou cifras bilionárias. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 1,5 bilhão ligado aos envolvidos nas fraudes. A investigação atingiu diretamente o alto escalão do governo Romeu Zema (Novo). Pelo menos quatro dirigentes de órgãos ambientais e de patrimônio estaduais foram exonerados ou afastados dos cargos após serem citados nas investigações. Na quinta-feira (18), Romeu Zema disse que a Controladoria Geral do Estado (CGE) já suspeitava da organização criminosa e que espera uma "punição exemplar" aos envolvidos. "Estamos dando todo apoio às investigações. Já havia suspeita por parte da Controladoria Geral do Estado, que já estava fazendo diversas averiguações. E eu espero que haja uma punição exemplar para aqueles que realmente estejam envolvidos em qualquer ato ilegal", afirmou. Em nota, o governo de Minas afirmou que "não compactua com desvios de conduta de servidores" e que está tomando todas as medidas administrativas cabíveis, incluindo a exoneração e afastamento dos envolvidos. Infográfico - Operação Rejeito, da Polícia Federal, revelou esquema de mineração ilegal em MG Arte/g1 Operação Rejeito desvenda esquema bilionário que viabilizava projetos de mineração ilegais em áreas protegidas como a Serra do Curral. Polícia Federal Veja vídeos mais assistidos do g1 Minas: